quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Crise na introdução do novo curriculo na UEM
Ordem dos Engenheiros “reprova” novo currículo da UEM
Enviou uma carta à direcção da Faculdade de Engenharia.
A Ordem dos Engenheiros diz não concorda com a introdução do novo currículo de formação de engenheiros na Universidade Eduardo Mondlane. Para tal, enviou uma carta à direcção da Faculdade de Engenharia a manifestar o seu descontentamento e a ameaçar retirar a acreditação que a UEM tem para a formação de engenheiros no país.
É que o currículo em causa prevê a formação de bachareis em três anos e dois anos depois o mestrado. A Ordem adverte que não vai aceitar bachareis para registo como engenheiros. E uma vez que não recebeu a informação sobre a formação em mestrados, então não reconhecerá engenheiros formados na maior universidade do país (UEM).
A Ordem diz ainda que da informação que dispõe não entende que grau académico terão os actuais mestres se os futuros terão o mesmo tipo de conhecimentos e competências que os qualificam como engenheiros, mas em menos anos e conhecimentos como os actuais.
Segundo o documento da Ordem dos Engenheiros, das consultas realizadas com a sua congénere sul-africana, a Ordem ficou a saber que os engenheiros com o nível de bacharelato são formados com o mínimo de 4 anos, e em algumas universidades chega mesmo a 5 anos, e não há indicação de redução de anos de formação uma vez que os padrões internacionais plasmados na Washington Acoord é de no mínimo 4 anos.
O documento refere ainda que olha com preocupação a tendência de redução de aulas teóricas, e adverte que para mestrados, será difícil formar engenheiros de concepção de projectos sem a teorização e em dois anos.
Por outro lado, a acreditação que a Faculdade de Engenharia tem actualmente refere-se apenas ao currículo anterior e não se extende ao novo currículo, daí que a Ordem adverte que poderá retirar a acreditação que a UEM tem para a formação de engenheiros caso não se requira nova acreditção.
O outro ponto é que os novos currículas da UEM ferem a lei 5/2003 que rege o ensino superior no país, e que segundo a mesma, as universidades só podem atribuir o grau de mestrado a quem tiver licenciatura e nunca bacharelato.
Finalmente, a Ordem dos Engenheiros mostra-se preocupada pelo facto de os empregadores dos engenheiros em Moçambique não terem sido consultados, quando é um procedimento habitual e necessário.
Escrito por Francisco Mandlate, no jornal o País
Quinta, 29 Janeiro 2009 10:12
A AEU-UEM, esta agastado com a direcção da UEM, por estar a fazer introdução de novo curriculo e não consultar as entidades que deviam, segundo as normas do ensino superior.
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